quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Numa noite inspiradora volto a escrever aqui


02:40 da manhã, depois de correr uns oito quilometros no final da tarde, nadar a noite e ficar umas duas horas numa piscina bebendo amarula e depois tentando se equilibrar em um slack line e nada do sono pegar. Resolvo então que é hora de recomeçar a escrever no meu blog.

Ainda tenho algumas coisas pra escrever aqui sobre minhas aventuras pelo Peru. Estou transcrevendo as anotações sobre o trekking em Huayhuash, mas quando o trabalho não me consome o tempo o vinho me consome a vontade de digitar. Posso dizer que depois que voltei fiquei preguiçoso com o Blog, mas aos poucos engrenamos novamente.

Hoje termino a noite tomando um chá inglês (Twinings) que tenta revelar um pouco o sabor de uma África tropical. Ao som de Manu Chao a noite se encerra com o sabor de novidades. Novidades bebidas, ouvidas e equilibradas, fico feliz por ter novas e interessantes amizades, pois delas sempre surgem coisas boas, é uma música desconhecida, uma comida não experimentada, um novo bar, um novo filme, um livro pra ler, um outro lugar pra conhecer, uma nova via pra escalar, enfim, todas coisas simples que nossos amigos nos acrescentam.

Não poderia deixar de colar aqui o que minha amiga Loreley deixou em meu orkut:


Escolho os meus amigos, não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não se esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois vendo-os loucos e santos, tolos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.
de Oscar Wilde


Acho que este texto expressa um pouco nossa vida anormal e essa inquietude de espírito que aflige alguns corações de pedra, montanha e mato.
É hora de dormir, mas sou grato por ter amigos interessante que tornam nossa vida mais alegre, diferente e interessante. Beijos a todos.
Ps: Em breve novidades!